sábado, 27 de março de 2010

A Conversão Insincera e o Perigoso Comodismo da Cegueira Espiritual

TEXTO BASE: Livro de Oséias, capítulo 6, versículos de 1 a 11. [1]


"Vinde, voltemos ao Senhor
Pois Ele nos despedaçou e nos sarará
Fez a ferida e a ligará
Nos revigorará e viveremos diante Dele.

Há um bálsamo em Gileade
Há unção em Gileade
Vem sobre mim para curar
Vem sobre a filha de Sião.

Há um médico em Gileade
Há remédio em Gileade
Vem sobre mim para curar
Restaura a filha de Sião".
[2]


PREÂMBULO

Antes de iniciar a escrita destas singelas linhas (não tenho aqui a pretensão de escrever um Tratado ou, acima de tudo, ser absoluto em tais "verdades"), pois DEUS falou comigo dessa maneira, mas pode ser que fale de diversas maneiras com outras pessoas.
Como eu dizia, antes de iniciar tal escrita, conjecturava sobre por qual título denominar o texto.
Pensei em vários: "Subvertendo a Palavra; Disfarçando-se de Anjo de Luz; A Doce Voz da Enganação", etc.
Contudo, importa SEMPRE que Ele cresça e que eu diminua e, assim sendo, nada mais plausível do que dar ao texto o nome/significado da narrativa bíblica do texto base utilizado, para que, embora escrito por mãos humanas, seja dada, de fato, a devida glória ao REI dos reis e SENHOR dos senhores, a saber, JESUS CRISTO, importando então que qualquer mera menção ao meu nome ou à minha memória seja em tudo, ofuscada pela magnífica Glória de DEUS.
Que eu caia no esquecimento e que, sendo a vontade do PAI, tais letras tenham o condão de fazer JESUS brilhar na vida de alguém (ainda que apenas uma pessoa seja já terá valido a pena).

INTRODUÇÃO

Quem já não cantou imbuído de forte emoção ou por mera repetição insistente a canção de sucesso do ministério Diante do Trono citada alhures?
Confesso que, por várias vezes já o fiz e prosseguia em fazê-lo na medida de minhas memórias ou "talentos musicais", inclusive vertendo algumas lágrimas, até o dia em que o DEUS de Israel me revelou o significado do texto bíblico que deu "origem" à música (ao que parece) e pude constatar que algo que tende a subverter a Palavra do Altíssimo, ou ainda, a negar-lhe o significado que dele se extrai, não pode ser utilizado no louvor ao SUPREMO.
Qual de vós (ou quem de nós), ao achegar-se a DEUS, já o chamou de assassino e sanguinário em vez de reconhecer a medida exata de Sua justiça, como no caso onde pereceram todas as carruagens e cavaleiros de Faraó, quando do episódio do Mar Vermelho?
Subverter a DEUS é exatamente isso, ou seja, mudar o significado real das ações ou palavras Dele ou negar-lhes o real entendimento com o objetivo de receber vã glória, mascarar a verdade ou capitalizar a ação.
A subversão, como vimos, pode subdividir-se em dois aspectos: Boa ou Má.
Pode ser Boa, quando vem a nós com roupagem agradável aos nossos anseios, isto é, quando, no caso, vem com caráter de santidade ou de inspiração divina; como no caso da canção que, além de ser magnificamente instrumentalizada, traz consigo um coro de vozes e interpretações musicais agradáveis aos nossos ouvidos e às nossas emoções, resultando então em algo plenamente aceitável aos padrões humanos.
Esta é a resultante da junção da técnica apurada à subversão.

Pode ser Má (ou Ruim) quando vem de forma absoluta, revolucionária e agressiva aos nossos conceitos de verdade, como no meu exemplo, onde analisei a conduta de DEUS como sendo assassina e sanguinária sem levar em conta o escopo de tais atos, isto é, sua história e seus motivos.
Esse tipo de subversão é, para nós, imbuídos de conceitos instituídos por outros iguais a nós em suas condições, mais fácil de ser percebida, renegada e visceralmente combatida, contudo, AMBAS as subversões não perdem seu caráter obscuro e distante dos reais propósitos do SENHOR insculpidos em suas palavras que, como cediço, são nossa principal e única regra de fé, na medida em que reconhecemos CRISTO como único e suficiente Salvador de nossas almas.

Nesse viés, podemos afirmar com plena certeza que AS DUAS, quer a "Boa", quer a "Má", são Ruins do ponto de vista espiritual e tendem a atrapalhar ou relativizar nossa relação com o PAI.
O objetivo desta prosaica análise que vocês se dão o trabalho de ler é justamente esse, qual seja, expor as "boas" subversões cometidas em nome de DEUS para manter o povo sob o jugo da religiosidade e subserviência e, com isso, amarrá-los a propósitos de fé distantes da vontade do Eterno.
Há que se considerar ainda as cegueiras espirituais voluntárias, as quais chamo de "cegueira espiritual cômoda", pois nestas parece não haver razão ou amor próprio e sim, escravidão disfarçada de santidade e falta de zelo pela própria fé disfarçado de obediência.
Por incrível que pareça, enquanto escrevia em uma velha agenda essas letras, deparei-me com os dizeres: "Os verdadeiros analfabetos são aqueles que aprendem a ler e não lêem".
Interessante! É justamente o que ocorre com o dito "povo de DEUS" hodiernamente, ou seja, por vezes enxergamos as fábulas e distorções da palavra de DEUS, mas é mais cômodo fingir que não existem ignorando assim não somente a existência das tais, como também, as intenções do Divino e nosso próprio destino eterno.
Se ao final alcançarmos algum êxito nesse texto, ainda que diminuto, já bastará a intenção.

1 - A SUBVERSÃO COMO REGRA NA CANÇÃO “O BÁLSAMO DE GILEADE”.


Preliminarmente, quero esclarecer que não tenho aqui a intenção de perseguir este ou aquele ministério, tampouco de “pegar carona na fama de alguns”.

O objetivo aqui é apenas o de passar “ipsis litteris” aquilo que DEUS pôs em meu coração e evidenciar que, de acordo com as Escrituras, tais afirmações encontradas na música não se coadunam com o teor da mensagem bíblica, portanto, questionar-me em sentido diverso é perda de tempo, posto que não me darei o trabalho de responder aos questionamentos, sendo então como uma forma de lançar “pérolas” aos porcos, já que o momento não é de debates.

Analisando a letra da canção observamos que a cantora nos convida a voltar ao SENHOR por motivos outros que não a Glória Dele ou a consciência do pecado cometido, ou seja, voltemos a Ele, pois Ele curará e nos dispensará dose extra de vigor.

É certo que o SENHOR pode fazê-los, como conseqüência do reconhecimento das faltas cometidas e da necessidade de manter uma relação íntima com DEUS.

O texto de Oséias [3] chama a busca da face do PAI pelos motivos errados de conversão insincera, dispondo, no capítulo 7, versículos 14 e 16, o que segue:

14 – “Não clamam a mim de coração, mas dão uivos nas suas camas; para o trigo e para o vinho se ajuntam, mas contra mim se rebelam”.

16 – “Eles voltam, mas não para o Altíssimo. Fizeram-se como um arco enganoso; caem à espada os seus príncipes, por causa da insolência da sua língua; este será o seu escárnio na terra do Egito”.

Trazendo à baila algumas considerações sobre o livro do profeta Oséias, dispõe a Bíblia de Estudo Almeida [4] o seguinte:

Do capítulo 4 em diante, o profeta descreve a perversão em que se acha atolada a sociedade israelita. Tudo nela está adulterado ou corrompido: o culto, o sacerdócio, a justiça, a moral e a política, e Israel sofrerá as conseqüências do seu desvio”. (Grifamos)

Diante do exposto, podemos afirmar com plena convicção que o capítulo 6 evidencia o modo como a sociedade israelita buscava a DEUS e os motivos errôneos de sua conversão, motivos esses que são incentivados pela canção faixa 9, do CD “Águas Purificadoras”, numa tentativa descarada de inverter o propósito Santo de DEUS e Sua Justiça, colocando em foco apenas o Amor Dele, porém esquecendo-se de que também é Justo e dá a cada um a medida exata do que merece, corroborando assim com as práticas pagãs de outrora.

O próprio livro de Oséias evidencia um povo com o coração distante do Altíssimo e, sobretudo, denota a longanimidade do Alfa e Omega com relação a esse distanciamento e mais, mostra a essência do próprio DEUS, que é o Amor, senão, vejamos o que diz o verso 8, do capítulo 11, do mesmo opúsculo [5]:

8 – “Como te deixaria, ó Efraim? Como te entregaria, ó Israel? Como te faria como a Admá? Como fazer-te um Zeboim? Meu coração está comovido dentro de mim, as minhas compaixões, à uma, se acendem”.

E prossegue, no capítulo 14, versículo 1, concitando o povo a voltar-se sinceramente a Ele:

1 – “Volta, ó Israel, para o SENHOR, teu DEUS, porque, pelos teus pecados, estás caído”.

Como se não bastassem os fatos subvertidos narrados na canção combatida, há que se observar isoladamente um trecho desta que afirma existir algo de bom, medicinal e divino em Gileade, contudo, não só a própria Bíblia, como a história através dos estudos evidenciam que a verdade é outra e que, tal verdade não guarda nenhuma relação com o que afirma o cântico.
Nos versos de 8 a 10, do capítulo 6 de Oséias, percebemos que Gileade era a cidade dos iníquos, assassinos, salteadores e feiticeiros e faz-se mister colacionar tais versos para que se avolume o alegado:

8 – “Gileade é a cidade dos que praticam a injustiça, manchada de sangue”.

9 – “Como hordas de salteadores que espreitam alguém, assim é a companhia dos sacerdotes, pois matam no caminho para Siquém; praticam abominações”.

10 – “Vejo uma coisa horrenda na casa de Israel: ali está a prostituição de Efraim; Israel está contaminado”.

Ora, senhoras e senhores, como relacionar a pessoa e o Ministério de JESUS a tais práticas corrompidas?

É abusivo, insolente e, acima de tudo, falta de conhecimento da Palavra da Verdade tais afirmações de pessoas que são ditos “pastores” e “pastoras”, “ministros e ministras” de louvor, que devem ensinar ao povo os retos juízos e estatutos do SENHOR e mais, conduzi-los à Sala do Trono de DEUS para que prestem os louvores de seus lábios.

Interessante também notar que, numa igreja tão grande como a Batista da Lagoinha, o Mestre chame e capacite ao Ministério apenas os “Valadões”, “Tanures” e outros que guardem relações diretas com estes (esposas, esposos, cunhados, etc.).

Será que um “Joãozinho da Silva” que está perdido entre os milhares de membros dessa igreja, não possui também um ministério a desenvolver?

Das três, uma: Ou é falta de visão ministerial dos líderes, ou falta de orações por avivamento espiritual, ou egoísmo disfarçado de liderança.

E isso tudo parte justamente de quem está lá para servir aos servos.

Dessa forma, surge a dúvida: “São estas coisas, ministérios e igreja do SENHOR, ou feudos contemporâneos?”

Ainda sobre a cidade de Gileade, dispõe estudo relacionado ao texto, da Bíblia de Estudos Almeida [6], na nota de rodapé letra “f”:

F – Gileade: Nome com o qual geralmente era designada a região montanhosa que se situa na parte norte da Transjordânia. Ramote-Gileade (1 Rs. 22; 3-37; 2 Cr. 22; 5-6) era uma cidade localizada no centro dessa região e era conhecida pela violência de alguns dos seus moradores”. (Grifamos)

Que dizer então diante destas coisas? Será que existia bálsamo, remédio, médico (JESUS) em Gileade, ou apenas violência, roubo, feitiçaria e prostituição?

Entretanto, como pastora, a cantora líder do grupo de louvor tinha o dever de saber sobre tudo isso quando escreveu a letra da canção.
Tirem suas conclusões.

Em todas as coisas, porém, louvo a DEUS, pois Ele transforma a maldição em benção e, envergonhando os propósitos obscuros e tendentes a incitar o povo a um relacionamento superficial com o Divino, acabou arrebatando para Si almas sinceras em louvá-lo usando a música, porque Ele trabalha de muitas maneiras visando o fim exclusivo de atrair o ser humano à sua essência, sendo esta o próprio DEUS.

Mas, agora, devemos nos acautelar e ponderar sobre todas as coisas que dizem respeito a assuntos relacionados ao Divino (inclusive este texto que vocês lêem), porque, uma vez com os olhos abertos, é pecado querer permanecer no engano, ainda que tal engano seja agradável e cômodo, mas isso já é assunto para o tópico a seguir.


2 - O PERIGOSO COMODISMO DA CEGUEIRA ESPIRITUAL

Neste tópico discorreremos sucintamente acerca da cegueira espiritual causada pelo comodismo que as situações apresentam ao dito “povo de DEUS”.

Tais cegueiras têm o escopo único de causar separação entre o ser humano e o Altíssimo na medida em que afasta deles o contato verdadeiro e profundo com o Criador, ficando este adstrito apenas à perigosa superficialidade espiritual que nos leva a ser tidos por mornos, segundo a própria Palavra da Verdade.

Ora, após as constatações das ilicitudes contidas em pregações, músicas, sistemas doutrinários religiosos e, por vezes, nos próprios testemunhos de vida de alguns, ignorar o que é cristalino é compactuar com o que de errado se pratica.

Tornamo-nos, portanto, partícipes de uma realidade que, nem de longe, lembra os propósitos do SENHOR ou suas aspirações quanto a nós.

A Bíblia Sagrada diz, em Oséias, capítulo 4, versículo 6 o seguinte:

6 – “Meu povo se perde por falta de conhecimento”.

Da mesma forma e com a mesma velocidade com que afirmamos isso, surge a questão: “O que fazer com o conhecimento adquirido?”

A resposta correta não seria outra que não reconhecesse a utilização obrigatória de tais conhecimentos, contudo, diferente da teoria, a realidade é bem mais dura e complicada de ser digerida.
Isso porque nós, seres humanos, que acreditamos ganhar super poderes e uma espécie de “green card” para agirmos da forma como nos convém agir, atribuindo todas as coisa à manifestações de DEUS, mitificando-o assim, somos complicados demais e nossa tendência é apartar-se das coisas boas. Parece que temos pendor às coisas ilícitas, pois elas nos chamam mais a atenção.

Quando o Espírito Santo fala às nossas almas, tal manifestação contém em si um motivo que a justifica, que a torna digna de eficácia e, este motivo, no resumo da ópera é sempre reconhecer o louvor e a Glória do PAI.

Tais ações do Espírito de DEUS trazem consigo um dever de agir, contudo esse dever cabe a nós cumprir e, passando pelo espírito humano, podemos partir para duas escolhas, quais sejam, agir ou não.

O coração impelido pela vontade do SENHOR escolherá sempre dar ouvido a voz do Bom Pastor, ainda que de forma deficitária, contudo, dará ouvidos, isto é, executará o que DEUS espera dele.

Já o coração movido por interesses escusos, ou ainda, por comodidades religiosas, escolherá a segunda opção por motivos vários: por desobediência pura e simples, por conversão insincera, por buscar agradar aos líderes, por glória pessoal, por questões financeiras ou, ainda, até mesmo por querer, conscientemente, desviar dos retos caminhos aqueles que são fracos na fé ou que ainda engatinham em material espiritual e, pasmem, por vezes até os adultos espirituais, calejados que são se deixam levar por tais circunstâncias.

JESUS quer nos convidar a abrir os olhos e enxergar o breve e glorioso futuro que nos espera e que, demais de tudo isso, a Grande Batalha se aproxima, basta olhar para Israel, que é o relógio do mundo.

Os judeus estão voltando à sua terra natal, a questões políticas se avolumam dia após dia, as guerras se intensificam, isso como se não bastassem os sinais dados pelo resto do mundo, pela natureza, pela atual conjuntura político/social por que atravessa o globo.

Devemos nos acautelar, portanto, de tudo que nos é ensinado, aprendendo a procurar direto nas fontes que possuímos (DEUS e a Bíblia) a legalidade e precisão de todas as coisas, abandonando o comodismo e a religiosidade.

A origem etimológica das palavras “Religião” e “Igreja” guardam relação com o ato de “Religar” e de ser “Chamados para Fora”, porém o que se percebe hodiernamente é que, quanto mais a religião intervém na sociedade, mais esta é cindida e que, quanto mais igrejas existem, mais o povo se torna fanático, individualista, sem amor ao próximo, avarento e mais amigo das riquezas do que amigo de DEUS, ou seja, desde o início subvertemos os reais intentos do SENHOR e, por conta da cegueira espiritual causada pelo comodismo, prosseguimos em assim fazer, pois assim aprendemos e assim permaneceremos enquanto não tivermos um encontro verdadeiro, transformador e renovador com o Autor da Vida.

Na Santa Palavra, o Mestre nos alerta que vem sem demora e que retribuirá a cada um a paga segundo as obras (AP. 22;12). Nesse sentido, sabemos que, embora seja cômodo entrar pela porta larga, ainda que com viés de santidade (e aí se encontram as junções que corroboram com a afirmação de comodismo), o fim é doloroso.

Podemos ainda perceber que JESUS não quer perder nenhum de nós, ou seja, quer receber a todos no paraíso (Mt. 18;14), daí o motivo de nos exortar em acautelar-nos dos falsos ensinamentos que nos separam Dele ou que relativizam nossa relação com Ele (o que, ao final, causa a mesma e indesejável cisão).

Devemos ponderar sobre tudo e, pesando nossas decisões, atentar para o texto de Apocalipse, capítulo 2, versículo 7, que diz:

7 – “Quem tem ouvidos, ouça o que o Espírito diz às igrejas”.

Para que possamos ser encontrados dignos de participar da segunda parte do mesmo versículo que diz:

7 – “Ao que vencer, dar-lhe-ei a comer da árvore da vida, que está no paraíso de Deus”.

Que maravilha podermos ser contados entre os bem aventurados que comerão do fruto da árvore da vida! Mas, para tal ocorrência, devemos nos despir de toda capa de religiosidade e de comodismo e, sobretudo, enfrentarmos de frente as questões que tanto assolam e abalam o meio cristão contemporâneo.

Nas medidas de nossas consciências, devemos procurar qual seja a agradável e perfeita vontade de DEUS, deixando de mitificá-lo e ponderando sobre tudo o que é dito, cantado e ensinado a respeito das coisas divinas.

O comodismo, a conveniência ou a omissão, não podem ser regra em nossas vidas, pelo contrário, no caso da fé devem, necessariamente, ser objetos de inúmeras ponderações e grandes questionamentos com o fito de procurar sempre os anseios de DEUS em relação às vidas, individualmente falando, e à grande obra comissionada do Ide.

Portanto (e concluindo o tópico) fica evidenciado que a cegueira (no sentido de falta de consciência), “de per si”, não resulta em cometimento de pecado a nosso ver, já que a Israel foi dada a consciência de tal ação, após a edição dos Mandamentos, ou seja, foi a lei que lhes revelou o pecado. O que resulta em pecado e ainda com a agravante de ser cometido de forma voluntária é o conhecimento e ignomínia de tal conhecimento, este sim, causa separação entre o ser humano e DEUS e seus resultados são piores exatamente por sua condição de sapiência.

A reiteração das práticas pecaminosas quer corroborando-as, quer efetivamente exercendo-as, ainda que veladas com o manto da religiosidade e do conceito de bom (que traz o que é cômodo) causa a separação espiritual entre o SENHOR e o ser humano o que, se não remediado for com uma conversão sincera e com a busca por DEUS pelo que Ele é e não pelo que pode oferecer, pode tornar tal cisão eterna com a conseqüente condenação dos indivíduos ao lago que arde com fogo e enxofre.

Eis o perigo da cegueira espiritual cômoda. Eis o que tem se tornado o meio cristão nos dias atuais até mesmo pelo incentivo de diversos “líderes”, “cantores” e “ministros” dos assuntos relacionados ao Divino.


3 – CONCLUSÃO

Concluímos este prosaico e despretensioso estudo acreditando que, de forma ostensiva e premeditada, foi subvertida a Palavra de DEUS na canção “O Bálsamo de Gileade”, do Ministério de Louvor “Diante do Trono”, da Igreja Batista da Lagoinha, canção esta constante do CD “Águas Purificadoras”, em sua faixa de número 9.

Tal canção incentiva os ouvintes a relacionar-se com DEUS de forma superficial e religiosa, acreditando apenas em Seu imenso amor e misericórdia sem aprofundar-se em Sua Justiça e retribuição a cada um segundo suas obras.

Devemos voltar a JESUS sim! Entretanto voltar pelo que Ele é e representa e não apenas pelo que Ele pode fazer.

Como rebatido anteriormente, chega-se ao viés de comparar-se o ministério messiânico do Mestre com a podre (por assim dizer) cidade de Gileade, o que tenho como uma afronta ao próprio Cristo, pois seria como compará-lo ao próprio Satanás, ou seja, uma coisa não pode, em hipótese alguma, guarda relação com a outra.

Demais disso, salientei que é perigoso, após descoberta a fraude, continuar a dar-lhe azo, compactuando com suas práticas e propagando sua maléficas lições. Esta é a cegueira espiritual cômoda, que causa separação entre o ser humano e DEUS (que como vimos, caso sem remédio seja, tornará essa separação de caráter perpétuo, eterno), embora a vontade de JESUS seja que nenhum de nós nos percamos pelo caminho.

Espero ter sido o mais sucinto possível e, ainda assim, ter conseguido passar aquilo que DEUS pôs em meu coração, aspirando ainda ter alcançado o objetivo proposto com as sinceras orações de que, após lido este estudo, tenham todos o espírito crítico e racional de “provar os espíritos”, se procedem de DEUS, ou do maligno.

Precisamos nos despir de situações e coisas de caráter duvidoso e religioso e unirmo-nos de verdade em prol do Ide e da comunhão que o SENHOR tanto quer dispensar ao seu povo, como último avivamento antes de Sua volta, pois um povo unido e avivado, em DEUS, pode muito em seus efeitos, o que não ocorre com o povo desunido e gélido que, como cediço, além de destruir-se a si mesmo, ainda será vomitado da boca do Altíssimo.

Que JESUS realize tudo em todos para que, na força Dele, possamos alçar vôos maiores e aprofundar-nos na pessoa de DEUS. Ainda assim, que este mesmo JESUS possa nos ensinar a prestar o culto racional tão aventado em Sua Palavra.

Nele, que é o Rei dos reis e SENHOR dos senhores, me despeço deixando-lhes a Sua Paz.



BIBLIOGRAFIA

[1] - ALMEIDA, Bíblia de Estudo. Ed. Sociedade Bíblica do Brasil, 2ª edição revista e atualizada, ano 1999, págs. 940 e 941. Tradução de João Ferreira de Almeida, com traduções, adaptações e acréscimos da Santa Bíblia "Reina-Valera" 1995: Edición de Estudio.

[2] – BESSA, Ana Paula Machado Valadão. CD Águas Purificadoras do Ministério de Louvor “Diante do Trono” 3, faixa 9; julho de 2000;

[3] – Op. Cit., pág. 941;

[4] – Op. Cit., pág. 935;

[5] – Op. Cit., pág. 944;

[6] – Op. Cit., págs. 940 e 941, item 6.8, nota “F”.

2 comentários:

Unknown disse...

Grande amigo Edson...
Suas palavras sempre certeiras ao debruçar sobre um tema tão necessário só poderiam trazer benefícios. Sua conclusão impar, que deitou-se sobre o escarneio cultural vivido desde sempre, só fazem somar à mente e ao espírito de todos nós, desmascarando e contribuindo para a correta apreciação das obras e poderes do Senhor. Um fraternal abraço. Wagner Carreiro

Anônimo disse...

legosso para seguir e segue meu blog http://seusdownloadestaoaqui.blogspot.com/ tá meio feinho pq eu fo arrumar segue meu blog e coloca um negosio para seguir